A recente vaga de ataques sionistas na faixa de Gaza é difícil de compreender numa primeira avaliação. Pretenderão dividir mais os muçulmanos chiitas dos sunitas? Testar a atual capacidade da resistência palestiniana? Será um ato provocatório do sionismo ante a nova arrumação de forças no médio oriente que lhe é cada vez mais desfavorável?
É que nada de novo se vinha passando aparentemente na resistência palestiniana, salvo o facto de Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Palestiniana e homem subserviente a Israel, se encontrar cada vez mais desacreditado junto do seu próprio povo (cfr aqui).
É que nada de novo se vinha passando aparentemente na resistência palestiniana, salvo o facto de Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Palestiniana e homem subserviente a Israel, se encontrar cada vez mais desacreditado junto do seu próprio povo (cfr aqui).
Gaza é dominada pelo Hamas, partido aliado dos regimes chiiita do Irão, o do sírio Al Assad, Hezbolah do Líbano e sunitas do Iraque.
A Turquia e o Qatar são também apoiantes do Hamas, o que preocupa o regime sionista e a ditadura militar egípcia, novo aliado de Israel na região.
Grupos chiitas ou sunitas conflituam em vários países, do norte de África ao Paquistão. Aparentemente os EUA e Israel alimentam ora uma ora outra das facções, mantendo-as num permanente estado de guerra fratricida que só favorece os interesses financeiros de perpetuação do sionismo e do império do dólar na região.
Lembremos que Israel foi fundado artificialmente após a 2ª Guerra Mundial, pela ação de guerrilhas judaicas apoiadas pelo movimento sionista (sobretudo norte-americano) e poderosos interesses financeiros judeus de todo o mundo.
O pretexto foi a atribuição de um lar aos judeus perseguidos pelo nazismo, mas o verdadeiro interesse era o petróleo, já que eram do médio-oriente as grandes reservas conhecidas, e tendo em vista contrabalançar a força das novas nações árabes após o fim do colonialismo inglês e francês.
Lembremos que Israel foi fundado artificialmente após a 2ª Guerra Mundial, pela ação de guerrilhas judaicas apoiadas pelo movimento sionista (sobretudo norte-americano) e poderosos interesses financeiros judeus de todo o mundo.
O pretexto foi a atribuição de um lar aos judeus perseguidos pelo nazismo, mas o verdadeiro interesse era o petróleo, já que eram do médio-oriente as grandes reservas conhecidas, e tendo em vista contrabalançar a força das novas nações árabes após o fim do colonialismo inglês e francês.
MAPAS: COMO A PALESTINA FOI ENCOLHENDO ATRAVÉS DAS GUERRAS JUDAICO-ÁRABES
Mapa da região |
Mapa da faixa de Gaza antes do desmantelamento dos colonatos judeus |
A faixa de Gaza tem cerca de 45 km de comprimento por pouco mais de 5 km de largura, totalizando uma área de 345 km2, menor que a ilha do Pico e pouco maior que o município de Coimbra. Apenas 10% dessa área é arável.
A população residente é de 1,7 milhões de habitantes, na sua maioria jovens, sobretudo famílias de refugiados palestinianos expulsas à bala e à bomba dos seus territórios ancestrais pelo sionismo judaico após a 2ª Guerra Mundial.
A população residente é de 1,7 milhões de habitantes, na sua maioria jovens, sobretudo famílias de refugiados palestinianos expulsas à bala e à bomba dos seus territórios ancestrais pelo sionismo judaico após a 2ª Guerra Mundial.
Ali se fixaram sob a proteção do Egipto, antigo detentor do território, que o cedeu exatamente para abrigar os refugiados.
Israel, após as vitórias sobre as nações árabes nas guerras de 1967 e 1973, aceitou coexistir com os territórios palestinianos remanescentes - Cisjordânia e Gaza - mas tratou logo de instalar abusivamente lá dentro colonatos judeus e tropas que perseguem constantemente os palestinianos, além dum alto muro que lhes dá o controle de todas as saídas e entradas.
Após os acordos de Oslo entre a OLP de Arafat e Israel de Begin (1993), os colonatos judeus são desmantelados em Gaza e o território fica sob a alçada da Autoridade Palestiniana com sede na Cisjordânia.
O partido sunita Hamas ganhou porém todas as eleições no território e declara não aceitar o atual Estado de Israel.
Houve posteriores invasões militares terrestres e aéreas israelitas com pretextos anti-terroristas, enfrentando em Gaza uma resistência cada vez mais organizada que provoca significativas baixas a Israel.
Por isso, a tática israelita mudou e passou a privilegiar a vigilância e intimidação através de drones e ataques aéreos cirúrgicos que fazem dezenas de mortos civis.
A resposta do Hamas tem sido lançar foguetes rudimentares sobre Israel, o que de pouco mais serve que para dar pretextos ao Estado sionista que facilmente os intercepta no ar.
As agressões sionistas ignoram as resoluções da ONU e mantêm sequestrados na sua própria terra os palestinianos ao controlar-lhes as fronteiras, bloqueando as vias aéreas e marítimas assim como as telecomunicações, enquanto os espia, bombardeia e aterroriza de forma ilegal e impiedosa.
A tragédia do povo palestiniano não pode deixar indiferente qualquer pessoa civilizada e minimamente sensível.
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