04/09/2013

A SÍRIA, ANTECÂMARA DA 3ª GUERRA MUNDIAL

Na atual crise síria, Obama mostrou que apenas esperava um pretexto para atacar. Como entender que sequer aguardasse pelo relatório  dos peritos da ONU sobre armas químicas? Tudo remete, pois, para um plano de longa data.
(Foto que corre nas redes sociais)
Milhões de sírios nas ruas apelando ao não à guerra. Mas fotos destas não passam nos media mundiais! 

VÁRIAS COINCIDÊNCIAS

Receando a opinião pública americana, de forma clara em maioria contra a guerra, Obama optou por consultar o Senado. Mero pro forma, como se vê pela sua declaração de que vai atacar, aconteça o que acontecer (mesmo que depois recuasse, ante a inteligente proposta russa).



Também na Inglaterra, um 1º Ministro alinhado no mesmo sentido dava já por adquirido o ataque, quando foi barrado pelo parlamento.

Entretanto, na semana anterior Israel fez exercícios de fogo com mísseis de médio alcance, com o apoio direto da esquadra dos EUA. A direita sionista judaica e o gigantesco aparelho militar-financeiro norte-americano já nem escondem a sua íntima ligação.

É curioso que a oposição Síria, apoiada pelo ocidente, integre fundamentalistas islâmicos incluindo a Al Qaeda(!!), e que os cristãos locais se sintam mais protegidos sob a ditadura de Assad. (conexão analítica: atentados do 11/Set às torres gémeas).

OPINIÃO PÚBLICA MUNDIAL CONTRA A GUERRA

Sondagens em vários países mostram o generalizado repúdio da intervenção estrangeira. A DW informava que sómente  5% da população alemã apoia a participação direta do seu país e que, mesmo em relação a um simples apoio logístico, a maioria está contra.

Em França, além da radical oposição de Marine Le Pen e das outras oposições, até os eleitores de Hollande o questionam – como ontem mesmo na rua mostravam as TVs - sobre a absurda posição francesa, só compreensível pela existência dum forte lóbi sionista no país. O que é comprovado por Bernard-Henry Lévy, intelectual e empresário judeu francês que se auto-atribui os créditos da intervenção francesa na Líbia. Recorde-se que coube então à França bombardear as tropas de Kadafi, limitando-se os EUA a dar apoio logístico e de tratamento das informações.

QUE PLANO É ESSE?

Pelos vistos, o plano era repetir a propaganda que suportou a intervenção na Líbia. Mas desta vez, as contas estão a sair-lhes furadas. Começa que no Egipto foi preciso recuperarem os capangas do antigo ditador Mubarak para massacrar os fundamentalistas, perspectivando-se agora uma prolongada guerra civil no 3º país mais populoso de África.

Apesar de toda a manipulação dos media globais, dificilmente a opinião pública mundial engolirá esta encenação síria. Para que iria Al Assad correr o risco de lançar armas químicas, se a própria oposição síria reconheceu que Assad estava a ganhar a guerra? Tudo isto indicia  uma encenação no caso sírio, e a existência dum plano para uma guerra generalizada a outras partes do mundo.

Plano que passou já pelo derrube do imprevisível Kadhafi, sendo Al Assad o senhor que se segue, como antecâmara e preparação das ações seguintes, bem mais complexas, contra o Irão, a Coreia do Norte e, eventualmente, o Paquistão e outras potências nucleares "imprevisíveis".

Logrado esse último objectivo, fechar-se-ia o cerco à China (que dentro em pouco ultrapassa os EUA economicamente), China que desse modo sofreria uma humilhante derrota sem disparar um tiro, seguindo-se provavelmente a sua desnuclearização. Esse “grand final” terá que ocorrer antes que o gigante asiático seja demasiado forte militarmente, até mesmo para o poderoso complexo da Nova Ordem mundial (vide separador Nova Ordem Mundial para mais dados e opiniões).


Pode ver que, na região do médio oriente, a Síria, o Irão e o Paquistão
são as únicas "pedras" que a Nova Ordem mundial ainda não neutralizou

AS GUERRAS NÃO SÃO APENAS PELO PETRÓLEO

Contrariamente a uma ideia muito vulgarizada, o que tem levado os EUA a sucessivas guerras não é apenas o petróleo. Se fosse, porquê tanto interesse no Afeganistão, um país pobre e sem matérias primas relevantes? Há um xadrez estratégico mais complexo atrás do pano, que passa pela anulação de potências tidas como perigosas, quer porque possuem armas nucleares, quer pela localização (caso da Síria, junto a Israel, ou do Afeganistão, placa giratória de toda a Ásia), quer porque são uma ameaça para o sistema de pilhagem sistemática centrado na emissão de dólares sem qualquer controle.

Todo o sistema capitalista está baseado na especulação e na fraude através das grandes praças mundiais, encabeçadas por Wall Street, Londres, Singapura, Suiça, etc., com conexão aos grandes negócios sionistas, árabes, europeus e de todo o mundo, que se financiam quase de graça através - entre outras formas - de emissões maciças de dólares e libras. No dia em que o dólar deixasse de ser a moeda-âncora mundial, os hiperlucros do complexo financeiro desmoronavam-se. Seria a falência dos EUA, da Inglaterra e todos os países que vivem muito acima do que produzem. A queda  seria a pique, mergulhando o mundo numa megacrise cujo efeito final seria um mapa com novas superpotências!

É esse o real motivo das guerras. Há grupos secretos, agregados ao complexo militar-financeiro norte-americano - que é no entanto apenas a testa de ferro, pois muitos dos seus líderes nem são americanos. Esse líderes não dormem em serviço e naturalmente já gizaram os planos de contra-ataque, face a uma China e outros emergentes que crescem a olhos vistos, sabendo eles como sabem que só pela via económica não mais os podem deter.





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